3.22.2008

I am, You are

Though I'd like to be the girl for him and cross the sea and land for him,
In milky skin my tongue is sand until the iridescent band begins to play,

He's my Brandy Alexander

Always gets me into trouble

But that's another matterBrandy Alexander

He's my Brandy Alexander

Always gets me into trouble

But that's another matter

Brandy Alexander


Though I know what I love most of him, I'm walking on needles and pins

My addiction to the worst of him

The low moon helps me sing,

I'm his Brandy Alexander

Always get him into trouble

I hide that I am flattered

Brandy Alexander

I'm his Brandy Alexander

Always get him into trouble

I hide that I am flattered
Brandy Alexander

3.17.2008

3.05.2008

Odiamos
A família do Ruca Aviso prévio à navegação: nós não odiamos o Ruca. O Ruca é um rapazinho de quem os miúdos gostam e os pais também, porque não anda metido em confusões e o máximo de rebeldia de que é capaz é recusar-se a tomar banho.
O que nós odiamos mesmo é a família do Ruca. A começar pela mãe. A mãe do Ruca é capaz de se levantar 322 vezes por noite (porque a criancinha tem medo, fome, sede, birra) sem nunca se queixar, sem nunca falar em tom crispado, sem nunca ameaçar dar-lhe uma galheta.
A mãe do Ruca tem uma paciência infinita que dá cabo da imagem de qualquer mãe normal, e o que nos vale é ela ser tronchuda e mal vestida, caso contrário era coisa para enfiar com algumas mães num divã a discorrerem sobre a vida.
A avó do Ruca é outra. Ela faz bolos com o Ruca, ela monta casinhas de cartão com o Ruca, ela faz jardinagem com o Ruca, ela inventa elaborados jogos com o Ruca, ela pinta com o Ruca, ela só tem olhos para o Ruca, e nunca lhe doem as costas, nem os joanetes, nem tem tensão alta, nem perde a cabeça porque o miúdo está a ser parvo, nem o manda brincar no quarto um bocadinho porque está exausta, nada. E a gente vê isto e topa que os nossos filhos nos miram de soslaio, e lê-se nos olhos deles que lastimam a sorte, porque a mãe chega a casa derreada e só quer aterrar no sofá, porque o pai ao fim de três pontapés na bola queixa-se dos rins e porque a avó está muito longe de ter a pachorra da outra senhora. E é por isto que odiamos a família perfeita do Ruca, que nos amachuca, nos humilha e nos realça a imperfeição.
Além de que, cá para nós, por causa daquela família o miúdo há-de virar um estafermo mal-educado, que pensa que o mundo gira sobre a sua cabeça careca.



Sónia Morais Santos


in Timeout Lisboa
Mochos


Tartarugas


Morcegos


Corujas


Chinchilas


Jaguatiricas


Antas


Javali africano


Gatos


Tatus


Hamsters


...




Todos eles são animais com hábitos nocturnos




Devo acrescentar o meu nome à lista?




Afinal estou esta semana no turno da noite.



Fez-se luz

Após um longo período de reflexão que terá durado quiçá um minuto para decidir o destino da lua de mel. A pedido de muitas famílias e porque nos apetece mesmo vamos fugir dos típicos refúgios que a ocasião se propõe. Em vez do azul do mar, uma praia paradisíaca e sete dias sem fazer mais nada que relaxar à lorde, escolhemos a enormidade da confusão das ruas, o corre corre de uma grande cidade, a sensação de estar no centro do mundo, no meio de um filme ou de uma série de Jerry Bruckheimer.
Não é difícil, pois não?
Chamam-lhe a Big Apple, a Cidade que nunca dorme...
NY here we go!!!

3.04.2008

Mais uma do RAP

Todos os anos, Portugal é surpreendido duas vezes: uma vez pelo Verão e outra pelo Inverno. Nunca estamos à espera deles. Para o resto do mundo, a natureza é cíclica, monótona e repetitiva. Para nós, é uma caixinha de surpresas. «Olha, lá vem o Verão outra vez. E não é que traz novamente muito calor, este bandido? Se calhar devíamos ter feito uma limpeza às matas.
Ops!, tarde de mais, já está tudo a arder.» No Inverno, a mesma coisa.
«Olha, lá vem o Inverno outra vez. E não é que traz novamente muita chuva, este bandido? Se calhar devíamos ter feito uma limpeza às sarjetas. Ops!, tarde de mais, já está tudo alagado.» E assim sucessivamente.
Nunca cansa. E, no entanto, imagino que os jornalistas usem sempre a mesma notícia. Há dois ou três pormenores que mudam, como a marca dos helicópteros que combatem o fogo ou o número de viaturas que são arrastadas pela enxurrada, mas o resto é igual: «Violento incêndio ali», «Fortes chuvas acolá». Até os adjectivos que qualificam as catástrofes são previsíveis: os incêndios são quase todos violentos e é raro as chuvas serem outra coisa que não fortes. Não há memória de fortes incêndios e violentas chuvas, por exemplo. Mas não é por isso que deixamos de receber as notícias com renovada surpresa. Temos dificuldade em acreditar que ainda não foi desta que a chuva deixou de causar os estragos próprios da chuva. É verdade que, este ano, a chuva deu novamente cabo das estradas e voltou a fazer vítimas, mas pode ser que, para o ano, chova mais civilizadamente. Todos os anos damos uma oportunidade à chuva. E, por um lado, ainda bem.
Não sei se consigo imaginar Portugal sem as calamidades. As calamidades ajudam-nos a organizar a vida. São pontos de referência. «Quando é que mudámos de casa? Foi depois dos incêndios de 91, porque eu já tinha o Citroën que foi levado pelas cheias de 94, mas ainda não tinha ficado sem a perna esquerda, que foi ao ar nos incêndios de 92.» Se as autoridades competentes começam a varrer as matas e a limpar as sarjetas, deixamos de ter a noção da passagem do tempo. Ainda vamos ter de comprar uma agenda. Com as calamidades, é dinheiro que se poupa.
E não só. Há gente cuja vida tem sido salva pelas calamidades. Gente que sobreviveu às cheias de 87 porque ainda estava no hospital a recuperar dos incêndios de 86. Gente que se salvou dos incêndios de 99 porque ainda tinha a casa alagada pelas cheias de 98 e usou a água para combater as chamas.
Enfim, gosto da esfera armilar, na nossa bandeira. Mas uma sarjeta entupida, entre o vermelho e o verde, também não ficava mal.


in Visão

3.03.2008

A Sombra do Vento


É esta a hora crítica, são 4h30m da manhã e os meus olhos insistem em se fechar...

Estou em luta, se o sono me vencer e deixo cair a cabeça por cima do teclado estamos mal, porque nunca mais ninguém me acorda.

Por isso resolvi teclar e postar mais qualquer coisa.


Ando a ler um livro sobre um livro.

Parece trocadilho, mas não é, trata-se de A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón e eis a crítica.
Para mim tem sido pura e simplesmente tentador, após 280 páginas continuo na espectativa do que mais poderá acontecer em redor do livro que gera a trama, que mais segredos se vão desvendar e quanto mais a personagem do livro em questão se assemelha ao autor do livro que é tema central do livro, parece confuso? Mas não é.
Um conselho: leiam-no!


Estou a fazer o turno da noite... Daí a razão do avançado da hora...

Andei a vasculhar o baú dos videos deprimentes à boa maneira do Gato Fedorento e encontrei esta pérola, resolvi partilhá-la com a blogosfera...