A noite passada foi passada a ver o vento passar.
Soprava com uma força avassaladora, entrava por todos os buracos da janelas e chiava fininho aos meus ouvidos. Os cães lá fora, desnorteados, ladravam assustados por tamanha demonstração de raiva, as árvores compunham melodias agitadas com os seus ramos. Tudo isto num bonito quadro de uma senhora a vaguear de madrugada pela casa. O vento forte mete-me impressão e tira-me o sono. Bebi um copo de água e cama que já era hora de estar adormecida. Consegui pregar olho e sonhei, sonhei sabe-se lá com o quê. A dada altura pareceu-me ouvir água a correr, estaria a sonhar com um cascata perdida algures num paraíso tropical. Não sejas tonta Nocas, está a dormir! Mas o sonho insistia e a minha mente foi-me iludindo durante algum tempo. Tenho que ver o que se passa, parece-me àgua, mas a meteorologia prometeu vento com sol. Estremunhada levantei a cabeça e pousei os pés no chão. Tinha a casa inundada!
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